Defesas

Banca de DEFESA: ELLA FERREIRA BISPO

DATA: 31/10/2024

HORA: 14:00

LOCAL: DEFESA DE TESE

 

TÍTULO: UMA LEITURA GLISSANTIANA DO ROMANCE UM DEFEITO DE COR: “NÃO EMITIMOS PALAVRAS AO VENTO, SOLTAS NO AR”
PALAVRAS-CHAVES: Ana Maria Gonçalves: Um defeito de cor. Édouard Glissant: teoria. Literaturas ladinoamefricanas. Pensamento negro. Epistemologia decolonial.

PÁGINAS: 220

GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes

ÁREA: Letras

 

RESUMO:

Esta tese apresenta uma pesquisa no campo do Comparatismo Literário Interamericano, cujo objetivo central é propor uma leitura glissantiana do romance Um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves (2022 [2006]), com o intuito de investigar as condições de possibilidade para uma identidade cultural ladinoamefricana. Para tanto, estabeleço um diálogo com o pensamento de Lélia Gonzalez (2018 [1988]), cuja proposta de identificação continental, a ladino-amefricanidade, engendrada a partir do Caribe, se desenvolve potencialmente como  um paradigma alternativo. No que concerne à abordagem metodológica subjacente ao campo delimitado, e seguindo a proposta de Alcione Corrêa Alves (2022; 2013), parto da apropriação de componentes da ensaística de Édouard Glissant à construção de ferramentas metodológicas que possibilitem uma leitura do romance em estudo como integrante do entrecruzamento de valores da totalidade-mundo. Sem suplantar o caráter estético inerente ao texto literário, o romance Um defeito de cor é compreendido como uma fonte de produção de significados que constitui um campo epistemológico particular, mobilizando intervenções nos sistemas simbólicos e no próprio mundo social. Em outras palavras, o texto literário é lido como parte de uma trama dinâmica de produções artístico-intelectuais ladinoamefricanas, incluindo obras da artista visual Rosana Paulino. A hipótese de trabalho é construída com base na percepção de que Um defeito de cor possibilita a formulação de questões e problemas modelares para além daquelas correntemente circulantes no interior da comunidade científica dos Estudos Literários no Brasil. A proposta desta pesquisa é tributária do recente movimento de intensificação, em nosso campo de pesquisa científica, da circulação de conhecimentos antirracistas e de[s]coloniais. Por meio de uma leitura glissantiana do romance Um defeito de cor, conjugo esforços para impulsionar mudanças em nosso imaginário coletivo, passo necessário às transformações urgentes em nossa realidade.

 

MEMBROS DA BANCA:

Presidente – 1637106 – ALCIONE CORREA ALVES

Interno – 1550705 – LUIZIR DE OLIVEIRA

Interno – 1192205 – SEBASTIAO ALVES TEIXEIRA LOPES

Externo à Instituição – 050.392.643-48 – JÉSSICA CATHARINE BARBOSA DE CARVALHO – IFPI

Externo à Instituição – 967.346.805-25 – LUZIA GOMES FERREIRA – UFPA